"Não há tempo até às eleições" para rever tabelas, diz Fesap

O secretário-geral da Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap), Nobre dos Santos, considerou hoje que "não há tempo até às eleições" para que o Governo reveja e aplique as tabelas remuneratória única e de suplementos na função pública.
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"Não há tempo até às eleições [para rever as tabelas remuneratória única (TRU) e de suplementos]. Não há tempo nenhum, é impossível resolver isto em tão curto espaço de tempo. Andámos três anos para resolver o problema e não conseguimos. Não é em meia dúzia de meses que conseguimos resolver o problema", afirmou o sindicalista aos jornalistas.

Nobre dos Santos falava no final de uma reunião com o secretário de Estado da Administração Pública, José Leite Martins, no Ministério das Finanças, em Lisboa, que hoje recebe as três estruturas sindicais da função pública.

No entanto, e reconhecendo que "com este Governo já nada surpreende", Nobre dos Santos referiu que Leite Martins nada disse à Fesap sobre um eventual recuo do Governo na aplicação da TRU e da tabela de suplementos.

Da agenda do encontro constava a criação de uma carreira especial para os técnicos superiores do Ministério das Finanças, o que levou os sindicatos a reivindicarem idêntico tratamento para outros funcionários públicos.

Mas no final de uma reunião com o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), a primeira estrutura sindical a ser recebida esta tarde, a presidente do sindicato, Maria Helena Rodrigues, afirmou que o Governo decidiu não avançar com a TRU e com a tabela de suplementos que seriam aplicadas aos trabalhadores da administração pública.

"O Governo informou que não vai ter tempo de fazer a revisão das carreiras a que se tinha proposto com a revisão da TRU, e a revisão das restantes carreiras, que plasmou num diploma recente", disse Maria Helena Rodrigues.

Relativamente à tabela de suplementos, que o executivo pretendia aplicar aos funcionários públicos, em simultâneo com a entrada em vigor da TRU, esta também não irá avançar, segundo a responsável.

Entretanto, contactado o Ministério das Finanças, este remeteu esclarecimentos para mais tarde.

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